sábado, 4 de fevereiro de 2012

Tão importante quanto saber se expressar bem é saber lidar com nosss emoções

                                                               

As emoções têm um papel fundamental em nossas vidas. Em busca de satisfação, superamos limites e buscamos realizações. Ao mesmo tempo, por medo, evitamos excessos e tomamos precauções.

Segundo Goleman (1965) devemos equilibrar e não eliminar as emoções, pois, todo sentimento tem seu valor e sentido. Quando as emoções são abafadas demais, criam o embotamento e a distância, mas se são descontroladas tornam-se patológicas, como na depressão, na ansiedade, na raiva e agitação maníaca.

Jesus não reprimia suas emoções. Ao cotrário o evangelho afirma que Jesus expressava suas emoções. Havia equilíbrio na maneira como Jesus as expressava, em cada uma e em diferentes situação. Jesus manifestou ira quando viu o templo dedicado a Deus tornando-se um mercado (Lucas 19:43). A ira foi contra a injustiça e não contra os injustos. Ele também manifestou tristeza no Getsemani (Mateus 26:38). Mas sua tristeza não o paralisou, mas moveu-o em direção ao Pai em oração. Jesus se alegrava sem, contudo, exceder-se.

Nossos sentimentos são expressos pelas emoções. Elas dão cor à vida e são uma forma de responder ao ambiente preparando-nos para uma ação. As emoções básicas (que dão origem às demais) são: ira, alegria, medo e afeto. Em si elas são neutras, mas em muitos casos, têm sido a origem de sofrimento para muitos que simplesmente não conseguem se dominar.

Emoções fortes ou descontroladas têm reflexos na bioquímica do nosso corpo. É a maneira de o corpo expressar toda a carga emocional que de maneira inconsciente, o sobrecarregamos.

O processo de aquisição e domínio da emoção através da inteligência está no princípio do “conheça-te a ti mesmo”.

Ter autoconsciência significa reconhecer e compreender nossos pensamentos, sentimentos e ações, estabelecendo uma relação produtiva entre esses elos para que se produzam reações favoráveis.

Emoções negativas roubam a nossa saúde e bem-estar. Tornam-nos física e mentalmente doentes, destroem a nossa capacidade perceptiva, arruínam relacionamentos, obstruem carreiras, impedindo que o ser humano se desenvolva de sadia e plena, rumo à evolução e desenvolvimento maior da consciência.

Devemos equilibrar e não eliminar as emoções, pois, todo sentimento tem seu valor e sentido. Quando as emoções são abafadas demais, criam o embotamento e distância, mas se são descontroladas tornam-se patológicas, como na depressão, na ansiedade, na raiva e agitação maníaca.

O controle de nossas emoções perturbadoras é a chave do bem estar emocional. Controlar nossas emoções é uma atividade de tempo integral: muito de que fazemos é uma tentativa de controlar nosso estado de espírito. Tudo, desde ler um romance ou ver televisão até as atividades e companhias que preferimos, pode ser uma maneira e nos sentirmos melhor.

Sentir amor, raiva, ódio, mágoa, é comum em qualquer pessoa. Lidar com isso é o que se chama controle emocional. Conhecer nossos limites e respeitá-los é um dos primeiros passos para controlar nossos sentimentos.

De forma inconsciente, somos controlados pelo nosso organismo, através das emoções. Infelizmente, em algumas situações, desenvolvemos também emoções negativas, que em nada contribuem para que alcancemos nossos objetivos de vida.

A tristeza, preocupação ou ira habituais passam com o tempo, mas quando as emoções são intensas demais como a ansiedade crônica, a ira descontrolada ou a depressão, podem exigir medicação e/ou psicoterapia.


Profa.Dra. Edna Paciência Vietta

Psicóloga Clínica

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