quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ansiedade no mundo Pós-Moderno

O mundo pós-moderno tem sido definido como a Idade da Ansiedade, devido à relação entre esse estado psíquico e o ritmo de vida imprimido pelas sociedades industriais. Nessas sociedades o ser humano é cobrado e pressionado a ser competitivo e consumista de modo que o homem no mundo atual é por si só, fator preditivo para o surgimento da ansiedade, estando todos os seres humanos suscetíveis a ela. O período em que vivemos tem se estruturado com algumas características bem marcantes: o Materialismo, que associa reconhecimento pessoal através do dinheiro que se tem; o Hedonismo, a busca de sensações novas e excitantes: o prazer acima de tudo, a qualquer preço. A busca de uma série de sensações novas e excitantes. O prazer é passageiro, sem compromisso e nem amor. Não há vínculos; a Permissividade, que cria um clima de impunidade e individualismo: Tudo é permitido. A ética permissiva substitui a moral; o Relativismo: Tudo é relativo.Não há nada absoluto, nada totalmente bom ou mau e as verdades são oscilantes. Desta tolerância interminável, nasce a indiferença pura. Vale a ética do consenso, a opinião da maioria. e o Consumismo, que associado ao materialismo nos fala de uma nova forma de liberdade - a de consumir. Representa a fórmula pós-moderna da liberdade. O ideal de consumo da sociedade capitalista não tem outro horizonte, além da multiplicação ou da contínua substituição de objetos (ainda em perfeito estado de uso) por outros cada vez melhores. O resultado disto é a cultura do desperdício, onde se vive para consumir. O Nihilismo: viver a liberdade total é o ideal maior. O homem liberal é aberto, pluralista, transigente, tolerante, capaz de dialogar com quem defende posturas totalmente distintas e contrárias às suas, o que somente o leva a uma indiferença relaxada. Disso aflora a paixão pelo nada, que leva ao vazio. A pergunta principal é: por que não? O relativismo e ceticismo têm um tom devorador porque desta mistura emerge um homem pessimista, desiludido. Reina a indiferença à verdade. Se não existe uma verdade, tudo é passageiro, frágil e provisório. Ssurge a idéia de consenso como juiz último: o que a maioria disser é a verdade. No fundo, não existe uma verdade, cada um tem a sua, o que desemboca na impossibilidade de existir uma ética comum. Cada um faz o de que gosta e lhe dá prazer. No final, o que pode mais chora menos. A pós-modernidade traz como efeitos colaterais pelo menos dois grandes males relacionados a ritmo de vida: intolerância e ansiedade. A intolerância está geralmente relacionada à espera. Somos cobrados e estimulados a dar conta de nossas tarefas em uma velocidade muito grande, somos presas da intolerância diante da espera. Esta intolerância piora muito as relações humanas, tornando-nos vítimas da pressa. Esta demanda tão incisiva relacionada ao cumprimento de metas, e à velocidade de desempenho tem sido apontada como uma das principais causas de ansiedade no homem pós-moderno. Ansiedade, é uma característica biológica do ser humano que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, taquicardia, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc. A simples participação do indivíduo na sociedade contemporânea já preenche por si só, um requisito suficiente para o surgimento da ansiedade, a agitada dinâmica existencial da modernidade, sociedade industrial, competitividade, consumismo desenfreado, e assim por diante. A ansiedade sempre esteve presente em toda a existência humana, porém somente nos últimos anos vem tomando maior significância para os pesquisadores, que visam à investigação dos efeitos desse estado sobre o organismo e o psiquismo humano. A pós-modernidade está influenciando diretamente na vida das pessoas e isso vem causando sensações de ansiedade, mal-estar, inquietude, pois a narrativa da auto-identidade torna-se inerentemente frágil diante das intensas e extensas mudanças que a modernização provoca. Entretanto, ainda que a modernidade seja inerentemente suscetível à crise, favorece, por outro lado, a apropriação de novas possibilidades de ação ao indivíduo, oferecendo oportunidades de revisão de hábitos e costumes tipicamente tradicionais. Profa. Dra. Edna Paciência Vietta Psicóloga Clínica

Um comentário:

  1. esse fundo com essa letra deixa a leitura dificil, e da dor de cabeça.

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